sexta-feira, 11 de março de 2011

Subjetividade

Achar sentido onde não há é uma busca incessante e frustante. É como tentar prender o ar com a mão, é como beber água de um poço vazio. É como tentar entender a ordem do caos. É acreditar em algo que talvez nem exista. É como tentar achar a ordem e o sentido desse mundo. Mas como dizer que algo existe só pelo fato de não podermos provar que não existe?

Por mais que seja um pseudo-sentido, todos precisamos de algo no qual acreditar. Ou será que isso é o que querem que pensemos? Para nos manipular e para também se auto-controlar
. Controlar-nos através do medo do vazio, do nada. Pois no final é isso que nos resta: o nada. Se no final nada existe, de que adianta então viver? Essa é a tragédia que se tenta manter contida. Porque muitos enlouqueceriam. Porque nem todos são fortes o suficientes para lidar com essa verdade.

Todos vivemos em busca da felicidade. Mas e se eu te falasse que não existem finais felizes? Pois não existe felicidade, não existe fim, só existe o nada. Porque a felicidade é uma invenção humana. Tudo que conhecemos foi inventado por nos, de coisas da mais alta complexidade aparente a outras de menores. Como por exemplo: celulares de ultima geração, computadores, uma simples faca, uma chave de fenda, a palavra que usamos para nos comunicarmos, os gestos, etc. Como pode-se ver, tudo sem exceção é uma mera invenção.

Mas e se você me perguntasse: "Mas Paola,... Isto está acontecendo só na minha cabeça ou é real?" Responder-te-ia: "Isto acontece na sua mente, mas porque isso significa que não é real?"

Pode-se concluir então que a existência ou não de algo é meramente subjetivo. Algo deixa de existir a partir do momento que você para de acreditar na sua existência, e vice-versa.