sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Uma breve despedida,

Agradeço a ti por tudo que fizeste por mim. Você que me guiaste para as profundezas e mesmo assim me trouxeste de volta a tona. A ti agradeço aos bons momentos que tive e também aos maus. Se não o tivesse encontrado não sei o que teria sido da minha vida, não saberia o que fazer, como, onde e o porquê. A ti devo tudo que tenho, tudo que sou e o que me tornarei.



Você conduziu minha vida tão... tão bem que eu não saberia fazê-lo como você fez, meu querido amigo. Por isso, peço-te desculpas pelas vezes que o temi, que tentei fugir de ti e dirigir minha vida sozinha. Não o conhecia, porém agora, meu bem, te conheço e sei que tudo que fizeste foi calculado e pensado para mim, meu doce guia.

Fui fraca e lhe peço perdão por isso. Mas agora me tornei forte, aceitando-te como um amigo e sentido-te comigo a cada dia, hora, minuto e segundo que se consome. Em vez de afastá-lo de mim. Agora eu sei o porque de guiaste minha vida sempre: porque eu não saberia lidar com isso sozinha. Simplesmente enlouqueceria. Contudo, agora eu sei como lidar com isso e você sabe que eu sei, por isso sinto que estas me deixando aos poucos, estas deixando que eu dirija minha própria vida sozinha.

Oh Medo! Mas quanto mais afastate de mim, mais sinto medo. Tenho medo da minha vida sem ti, sem que me guies. Sem o teu frio, sem o teu calor. Não suportarei isso.



Por isso estou indo embora. Irei me juntar a ti, para sempre. Num lugar onde nunca nos afastaremos. Para isso, acho, que foi preciso te perder para finalmente tê-lo.

Estou contigo, mas não me causas mais angustia, desespero. Somento paz, paz e esperança. Estou indo encontrar-me com você, com sua verdadeira face.

Até logo, meu doce Medo.